Fala aí pessoal da Shock tudo bom com vocês?? Bom primeiramente muito prazer, meu nome é Gabriel Henrique e hoje irei apresentar a vocês a minha Review de John Wick 4 Baba Yaga! Então preparem suas armas e só bora!
O assassino implacável mais icônico da atualidade segue sua luta para ser deixado em paz pela alta cúpula, maaaaassss essa não tá nada disposta a deixar a rebeldia recente do homem em branco e parte atrás dele e de todos que ousaram ajudá-lo, tudo isso para não apenas tentar matar o John Wick, mas sobretudo, matar a ideia de John Wick e evitar que novos rebeldes surgem no futuro.
Mas é bom???
Não vou fazer suspense não, John Wick 4 Baba Yaga se não for o melhor mesmo da franquia está entre os melhores, é uma série de filmes que está sempre ali muito bem posicionada, muito bem ranqueada onde geralmente tem só uma coisinha que leva um pouco pra cima, um pouco pra baixo, e esse aqui é sim um daqueles filmes de ação que pedem para ser assistidos em tela grande com o volume no talo! É porrada, é tiro, é batida é queda, tudo muito bem coreografado sempre buscando o espetáculo! O que ainda conta com a fotografia pra lá de ousada que costureiramente se afasta com o mínimo de cortes possível para prestigiar o esforço dos coreógrafos, atores e artistas essenciais, isso quando não encaminha a câmera por cenários tão inusitados como complexos, sem falar no design de som caprichado para dar aquela sensação de impacto duro e pesado, mantendo nossas emoções sempre ali no teto e todos esses elementos, são unidos de forma única na obra para proporcionar momentos fortemente impressionantes! Sim John wick 4 faz valer a pena as suas quase 3 horas de duração através da empolgação e da mesma maneira que o filme busca isso no final ele felizmente consegue!. O que a gente não vê aqui é uma história muito elaborada, mas esse aqui é o quarto filme da franquia que nunca teve um enredo como ponto de grande interesse, é uma desculpa pra meter o porradeiro na ação e isso aí! Maaaaas isso não quer dizer que o roteiro seja uma fraqueza do projeto, mas também não é perfeito por conta de uns “furinhos” de lógica interna enrolação para chegar aonde precisa uma solenidade as vezes maior do que parecia mais condizente a proposta, mas são mínimos não é nada exagerado.
Porém, sua simplicidade definitivamente não é um defeito, acontece que esse quarto filme não tem qualquer intuito de apresentar uma trama mais elaborada e também não precisa disso, o esforço do roteiro está em: primeiro- contar um pouco o que conta de forma minimamente elegante e coesa, por isso procura deixar seus acontecimentos fluírem, ainda que de certa forma meio imediatista, como mini chefões que aparecem de fase em fase apresentando uma obra meio “gameficado” sacou? Só que pelo menos isso também gera uma cadeia de causa e consequência de causa bem coerente, além disso quando pode também evita diálogos desnecessariamente positivos, como acontece quando apresentam os novos personagens, o que eles querem e por que querem são coisas que ficam ali nas entrelinhas do diálogo, ou de seus atos e ações, por isso que eles já começam a conversa pela metade ou naturalmente omitem informações que o ouvinte já sabe e não precisariam ser ditas. Enquanto isso a gente tá pegando bonde andando e somos desafiados a preencher as lacunas, não vai passar de uma dedução básica, mas ela vai ser suficiente para aproximar a gente do assunto retratado, o segundo foco do roteiro é ampliar a mitologia desse universo, apresentando elementos, contextos e personagens novos, que aparecem exemplarmente fazendo com que se não tudo e todos que são apresentados aqui, praticamente tudo e todos, dispertam um interesse e não fazem com que a gente necessite da presença permanente do protagonista na cena.
Enquanto o terceiro esforço do texto tá em criar o ambiente perfeito para que a direção se sinta como uma criança no parquinho, com álcool e isqueiro na mão sem a vigilância de um maior responsável. Ou seja livre pra tocar o zaralho em tudo!! E pegando esse ambiente propício nas mãos o diretor Chad Stabelski vai lá e faz precisamente isso. Por conta disso John wick 4 Baba Yaga tem: Mais lutas, mais personagens, mais inimigos casca grossa, que por sua vez gera mais dificuldade aos mocinhos, que precisam de feitos ainda mais impossíveis para sobreviverem, e a partir dessas informações o diretor é sua equipe conseguem cenas ainda mais impressionantes, inacreditáveis e alucinantes do que as vistas nos três filmes anteriores. Só que observando esses mais, mais, mais que eu tô falando aqui eu começo a lembrar que esse filme tem sim aquela síndrome de mais e maior pela qual Hollywood é fissurada em sequências porém aqui, parece ter funcionado, seria então uma restrição da regra? Não exatamente, pelo simples fato de não ter sido o mais e maior que fez com que a qualidade do filme mantivesse no alto. Na verdade o mais e maior não quer dizer algo ruim mas também não quer dizer algo bom, ele é apenas um recurso que pode ser usado (e na verdade ele é muito usado) mas ele não pode bastar, então os filmes precisam trazer algo a mais para agregar nesse mais e maior, e o caso desse filme aqui que ali ao mais e maior, surgem muitas boas ideias. Aí vocês irão me perguntar: “Mas Gabriel, boas ideias em que se você mesmo disse que o filme tem uma trama simples?” E eu te respondo que boas ideias é muito simples, está basicamente naquilo que o filme faz bem e naquilo em que ele concentra suas energias até por que todos nós sabemos que John wick 4 é um filme focado em sequências de ação, então as boas ideias servem para ligar essas sequências bem, e para executar elas também muito bem. E é por isso que aqui a gente vê sequências que fogem da caixinha e explodem da criatividade para conceder a ação, a tribulação e a alucinação.
No entanto como um quarto filme de uma franquia de ação, existem pontos positivos e negativos comuns da sua mera existência. Positivos- Uma franquia rentável que permite que os realizadores tenham acesso a recursos que antes não tinham, para por em prática ideias que antes não podiam, além de que também, fica mais fácil de terem mais liberdade criativa, podendo chegar mais perto de criar a obra como imaginaram. Aqui em John wick 4 mesmo a gente vê um exemplo claro disso, antes do primeiro John wick Chad Stabelski, trabalhava como dublê e treinador de dublês, as ousadias piradas que ele realiza essa quarto filme, jamais seriam permitidas como iniciante, mas agora depois de três filmes de sucesso da franquia, a história é outra e o cineasta pode abusar da confiança do estúdio e de um orçamento elástico de 100 milhões de dólares, para dar origem por exemplo aquela longa sequência de luta no meio do trânsito de Paris. Porém, como eu disse, tem a parte negativa de um filme cujo o trama não é o forte, e ela é que depois de 3 capítulos trabalhando em cima de uma mesma base, o realismo e o pé no chão, parecem não entusiasmar mais os realizadores, talvez bata neles um sentimento de que o público não vá mais se impressionar tão facilmente, e aí nessa busca de nos estontear por qualquer custo, eles parecem se sentir pressionados a exagerar, e pelo menos aqui nesse quarto filme, isso trouxe consequências que transformaram o protagonista e os demais personagens principais, em super humanos com vulnerabilidades que só surgem quando o roteiro precisa, e isso talvez perca o engajamento de muitas pessoas enquanto estão assistindo por que começa a ficar uma coisa meio surreal, tudo bem que no primeiro instante as sequências de ação até são coreografadas com uma certa dignidade, até por que a direção valoriza muito os movimentos reais dos próprios atores, mesmo que eles sejam mais lentos e com menos desenvoltura no que provavelmente um dublê seria mais capaz de fazer.
Por isso nem sempre a briga é bonita plasticamente saca? O que por um lado é bom, pois ajuda a gente a acreditar naquilo tudo, da mesma forma os tais planos longo e mais abertos que eu mencionei, servem para que a gente tenha uma certa percepção no panorama caótico nos quais os personagens estão metidos, a coreografia se preocupa também com cada capanga que aparece em campo. Primeiro por que eles não se desligam automaticamente como os filmes de ação costumam fazer, então eles tomam porrada e ainda ficam lá disponíveis por um segundo, terceiro, quarto round, só que enquanto eles esperam eles estão ali em campo aparecendo, mas a coreografia se atenda em deixar eles ocupados com outra coisa, ou então tenta deixar eles bambeando tentando se recuperar. E se a gente acredita que o mocinho da cena (que não necessariamente será o protagonista do filme) seria capaz de lidar com tanto capanga é por que ele está disposto a abater os inimigos também, ou por um golpe realmente forte ou por usar força letal. Além disso o mocinho da cena também procura fugir da mira dos oponentes, afastando a arma ou roubando ela ou se escondendo atrás de plataformas, e tem momento em que o Donnie Yen (Personagem antagonista mas que dá muita porrada) ele preenche o ambiente com alguns alarmes o que é muito bacana também, e junto a isso ele trás aquilo de “opa ele também tem limitações mas ele precisa contrabalancear essas limitações com algum artifício”.
E até a aparente invulnerabilidade dos personagens é explicada com os ternos feitos com material feito a prova de bala ou seja, todos eles elementos permitem que as sequências de combate, viagem na batatinha para nos impressionar mas ainda assim, de um jeito que pareça normal dentro desse universo. Agora a medida na qual a narrativa progride, ela também vai adquirindo gosto ao exagero e pelo surreal, por que enquanto o filme vai progredindo, a sensação que dá é que o John Wick vai ganhando super poderes, talvez ele não tenha a força, escudo e o bumbum do capitão América, mas a resistência a pancadas é praticamente a mesma. Ainda que a meio de tiroteios a coreografia de cena ainda lembra o ator de fica se escondendo atrás do terno. E ali ao fim do segundo ato fica difícil da gente testemunhar certos acontecimentos sem exibir uma reação física, seja uma gargalhada ou um espamo de incredulidade, o cara literalmente apanha de tudo que é jeito, cai de altas alturas é atropelado (algumas vezes) rola escadaria abaixo e logo após tudo isso, dá só uma mancadinha básica que tudo passa é isso, John wick virou o novo integrante dos vingadores, já pode chamar Marvel. E claro o reflexo da longevidade da franquia quanto mais elas vão durando, quanto mais capítulos vão tendo, mais os realizadores precisam apelar o exagero para ter o que oferecer de novo. Por isso que fica essa sensação de que o filme começa de um jeito, e gradualmente a direção vai se desapegando dessa ideia de realismo e começa a apresentar um espetáculo. Aí você que está lendo isso deve estar pensando “O Gabriel tá esculachando o, Gabriel tá dizendo que o John wick é ruim, o Gabriel tá dizendo que…” CALMA!Eu te pergunto, isso é ruim? Por que depende, por que uma coisa eu concordo, se o filme se compromete a Verossimilhança, pra fazer o espetáculo e o espetáculo não funciona, aí sim isso seria bem ruim mesmo. No entanto como funciona e funciona muito pode ser bem bom! Vai depender então do que? Da balança de cada um, o quanto a euforia que a sequência já são geram, superam as super “heroises” dos personagens, no seu caso a emoção gerada supera, ou você achou exagerado de mais e isso acabou te tirando um pouco do filme?Mas bem falando agora um pouquinho do intérprete, o Keanu Reeves segue falando pouco, aliás segue não, ele agora está falando ainda menos quase “monosilábicamente”, as vezes até parece que ele vai pontuar algo mais elaborado e derrepente a cena é ocupada com um simples “Year”.
mais travado naquele semblante de pamonha sonso que ele costuma entregar em seus personagens. Isso é uma coisa que eu não consigo achar ruim até por que funciona nesse personagem e dá a ele uma falta de dólo de maldade, de intenção em querer machucar alguém, o que somado ao brilho natural de gente boa do ator, faz a gente passar pano por qualquer atitude incontestável do personagem. Até por que apesar de interpretar um assassino que leva desgraça até para os amigos, ele não aparenta ter nenhuma noção do mal que faz. Na verdade só isso para explicar o por que vem filme sai filme e ele continua ferrando a vida de todos os amigos, continuam indo atrás deles pedindo ajuda, tudo bem que a amizade não funciona como o inconveniente como diz o personagem do Hiroyuki Sanada, mas também não tem pra que se expor a riscos gratuitos sem qualquer benefício pra qualquer das partes, As vezes ele visita um amigo pra que? “Ah rlx, eu só vim colocar sua vida em risco nada de mais”. Aliás, falta de explicação palpável também senti por que a alta cúpula castiga todos que ajudam o John Wick por trás dos panos, mas outros que ajudam de forma escancarada ai ela faz vista grossa. Completando os destaques do elenco Shamier Anderson compõe o tipo de incógnito que fica num vai não vai interessante, hora atuando como ajudante, hora atuando como antagonista, já o Bill Skarsgård é o nojentinho que consegue esbanjar uma tremenda ameaça graças aos recursos que dispõe e dá uma ambição irritada, até mesmo por não saber o limite dessa ambição que cria um fardo de ameaça indecifrável. Maaaaaassss o grande destaque dos novatos (nessa franquia claro.) Creio eu ser o de Donnie Yen, que Hollywood teme a escalar para viver o mestre da bagaça toda, Acho que eles devem pensar assim “O cara luta de mais, a gente precisa dar uma complicada na vida dele”. Pra cá ele compõe uma composição sagaz que preenche os vazios do silêncio do John wick, com tiradas afiadas maaaaas, sem parecer arrogante o que poderia fazer ele perder a nossa simpatia e isso nunca acontece, mesmo que ele também fique indo e vindo em dinâmica sempre interessantes com o protagonista.
John Wick 4 Baba Yaga, segue os passos anteriores ao ter pouco o que contar, mas contando de forma espetacular esse pouco, e ainda que adicione ao mais e maior, ao menos combina isso com muita criatividade com aquilo que mais se dedica a fazer, sequências de ação, inusitadas. Claro daquele jeito que você vai se apaixonando cada vez mais pelo exagero na medida que se aproxima ao final, e aí pra quem isso não é bem vindo pode acabar tendo problemas de conexão com o filme, no contrário, essa obra tem tudo para carregar o público por um frame precisamente contagiante, e de que lado eu fiquei? Bom essa é a minha nota ao filme 9,3.
Bom essa foi mais uma Review chegando ao final, muito obrigado a você que leu até aqui e até a próxima!