Por que Hogwarts não ensina magia sem o uso de varinhas?

Por que Hogwarts não ensina magia sem o uso de varinhas?

Dentro do universo de Harry Potter, os Bruxos nascem com poderes mágicos, e o primeiro contato com seus poderes acontece por meio de certos incidentes. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry fez uma parede de vidro desaparecer e reaparecer apenas olhando para ela. Sua mãe, Lilian, conseguiu fazer uma flor desabrochar em sua mão em Harry Potter e O Enigma do Príncipe. Magia sem o auxílio de uma varinha é uma habilidade nata dos bruxos e pode ser bastante poderosa.

Em combate, suponhamos que o bruxo é separado de sua varinha. Conseguir fazer um feitiço sem o artefato poderia fazer uma grande diferença em uma situação de vida ou morte. Dado o fato de que o bruxo é totalmente indefeso sem sua varinha, ter sua vida dependente de uma ferramenta que pode ser facilmente roubada ou destruída não é uma atitude das mais sábias, não é? Mas Hogwarts nunca ensinou o uso de magia sem o auxílio de uma varinha, exceto naquela ocasião em que Dumbledore obrigou Snape a ensinar Harry como proteger a sua mente no sexto livro da saga. Como vimos no filme, magia sem o uso de varinhas pode ter outras utilidades fora truques simples, então por que não ensinam isso aos alunos da escola de magia mais famosa da ficção?

Quem se lembra da cena em que a tia Guida inchou como um balão?

Manipulação de Magia sem varinhas teria várias consequências no universo de Harry Potter

Para proteger o segredo do mundo mágico, não é permitido aos bruxos o uso de magia na frente de um Trouxa (uma pessoa sem habilidades mágicas). Bruxos menores de idade ainda são encantados com um Rastreador, um feitiço que alerta o Ministério da Magia se fizerem uso de magia fora do ambiente escolar. Apesar da existência de contradições nos livros sobre como o Rastreador funciona, o uso de varinhas torna a fiscalização do uso da magia mais fácil. A mesma varinha não pode ser controlada por dois bruxos diferentes, e os feitiços conjurados por uma varinha são rastreáveis, facilitando a investigação. O uso de magia sem varinhas, por outro lado, corre um grande risco de não ter um regulamento ou fiscalização adequados.

Feitiços de combate e defesa contra as artes das trevas só são importantes quando o mundo bruxo está sob ataque, e antes do retorno de Voldemort, a sociedade mágica viveu em paz por muito tempo. Sob o ponto de vista do Ministério da Magia, não existe uma boa razão para Hogwarts ensinar os alunos uma habilidade poderosa que quando ela pode causar mais estragos do que benefícios.

A manipulação de magia sem o uso da varinha requer um método completamente diferente em relação ao aprendizado. As varinhas amplificam e concentram o poder mágico de seu usuário, e com o comando certo, a magia acontece. Magia sem varinhas, como a que Snape ensinou Harry para defender sua mente e atacar a de seus inimigos, é algo muito mais complexo e, por consequência, mais instável. Aquele momento do primeiro livro em que Harry descobriu suas habilidades mágicas tem alguma coisa a ver com fúria sem controle. E nas poucas vezes em que algo desse tipo é executado, os bruxos teriam um domínio completo de seu poder. Voldemort, Grindewald e Dumbledore são grandes exemplos desse tipo de habilidade. Existe grande risco em praticar tal forma de magia, e não seria uma boa ideia ensinar isso a bruxos inexperientes.

As regras mudam um pouco quando falamos de criaturas mágicas. Por exemplo, Elfos e Goblins são seres inteligentes com sua própria fonte de magia. No entanto, como criaturas não-humanas, eles não podem usar varinhas. No universo de Harry Potter, vimos que os elfos são autodidatas e conseguem executar um feitiço apenas com um estalar de dedos. Nunca houve registros de elfos usando varinhas. Os Goblins também são insultados pela recusa dos Bruxos de permitirem o uso da magia com o auxílio das varinhas. Com isso, tal técnica é também uma demonstração de superioridade, especialmente dentro da Jurisdição da sociedade dos bruxos na Grã-Bretanha.

Referências
CBR